segunda-feira, 21 de março de 2011

Na trilha do Morro do Pântano do Sul

 
Foto oficial da galera do Fazendo Trilhas!

INÍCIO DA TRILHA - 10h

Para caminhar não é preciso de muita coisa.
Basta um par de pernas, um par de pulmões mais ou menos saudáveis, uma porção generosa de vontade, boas doses de disposição, algum destino para seguir, duas partes de paixão, três injeções de ânimo, toda força vital, bastante entusiasmo e total ausência de preguiça. Foi o que dissemos: pra caminhar não é preciso muita coisa!

 
Você pode caminhar sozinho ou acompanhado. Para a primeira opção, reúna os ingredientes acima, bata bem e siga em frente. Para a segunda, já é mais complicado.

Isso porque caminhar com alguém vai além de sincronizar passos, de ter com quem fazer sombra. Caminhar junto é fazer conjunto.

 
Você pode caminhar em dupla, em trio ou até formar um quarteto. Mas quando dá seus passos com mais que isso já está em grupo, e aí o percurso ganha outras dimensões. Pode ser uma romaria, uma procissão, uma marcha, uma passeata. O cenário vai desfilando no vai-e-vem de pernas e braços, o horizonte balançando na altura dos olhos, e o caminho vai se fazendo assim: no plural.

 
Esse senso de caminhar em grupos é ancestral, tão antigo quanto andar em duas pernas, aliás anterior a isso. Em matilhas, perseguíamos presas. Depois, equilibrados em duas patas, passamos a perseguir sonhos, individuais e coletivos. Percebemos que o que importava mesmo eram as relações, a teia de acontecimentos que ligava nossos caminhos.

 
Acompanhados, nossas paisagens ficaram mais bonitas, pois passamos a comentá-las...

Nossos percursos, por mais longos, tornaram-se mais suportáveis...

Aliás, passamos a fazer parte da paisagem!

No andar coletivo, predomina um espírito comum. Os mais afoitos reduzem seu ritmo para esperar os mais lentos. Os retardatários apressam o passo para não "atrasar mais" a caminhada. Alguém estende a mão para subir numa pedra. Outro alguém divide a água do cantil. 
Por isso que não se trata de uma corrida, de quem chega antes. O que conta é quando todos chegam. O percurso foi só um pretexto para o convívio...

Sem o espírito coletivo, a paisagem fica vazia.

O objetivo se limita a sujar os pés, deixar um rastro.
Na mochila, vem a amizade, a parceria, o companheirismo, o afeto, e nada disso deixa a bagagem mais pesada. Um grupo é diferente de um bando. O primeiro tem energia e sinergia. Já um bando é um aglomerado de indivíduos, sem elos, sem laços, desnorteados, desorientados, espalhados.
No grupo, o espírito é coletivo. No bando, o espírito é de manada. No primeiro, todos se preservam; no segundo, é cada um por si...

As passeatas, as procissões e as trilhas podem ser feitas por grupos ou por bandos. O ponto de chegada pode ser o mesmo, mas a jornada é bastante diferente.

Porque homem nenhum é uma ilha, acreditamos que caminhar em grupo é a melhor forma de ir adiante. Um passo depois de outro, com um sorriso no meio. Foi o que dissemos: pra caminhar não é preciso muita coisa! Pra andar em grupo, é preciso querer estar acompanhado; é preciso lembrar que, mesmo que não se alcance o objetivo pretendido, ao menos, a viagem e a parceria valeram a pena...
FINAL DA TRILHA - lá pelo meio-dia?

3 comentários:

  1. Particularmente, adorei o relato do dia de vocês!

    Ótima e perspicaz reflexão sobre o assunto ;)

    Abraços e nos vemos nas próximas trilhAventuras

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  2. Curiosamente, jamais me ocorreu de perguntar o nome dessa trilha. Entretanto, embora exista um morro chamado Morro do Pântano com algumas trilhas, creio que Trilha do Costão do Pântano do Sul fique melhor ;).

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  3. Vim procurar na internet o trajeto da trilha que fiz ontem com meu amigo De Rolt (51) e com meu filho Pedro Henrique (14). Entarmos na trilha pela armação, seguimos pelo matadeiro até a Lagoinha do Leste (1:30 hs.). depois atravessamos a Praia da Lagoinha do Leste e subimos o ingrime morro do costão do lado esquerdo. Entre subida livre e muito inclinada, trilhas de costão, vistas maravilhosas de fendas em paredões de pedra, Ilha dos Moleques, Ilhas das Irmãs, longas trilhas de mata atlântica litorânea com muitas teias de aranha - sinal de pouco utilizadas e sem vestígio ou encontrar qualquer pessoa (cerca de 2:30hs.). Demos a volta em toda ponta do Pântano do sul e voltamos a encontrar a trilha Lagoinha - Estarada do Pântano do sul no alto do Morro da Lagoinha (30 Min.) e descemos para para pegar um ônibis para retornarmos ao estacionamento onde estva o carro na praia da Armação. Incluindo duas paradas msiores para alimentação e contemplação no alto do morro da Lagoina do Lesta e na Praia, foi um percuros de 6 horas (12:20 -18:20), incluindo os 10 minutos de ônibus que pegamos num corrida de split final quando chegávamos na estrada do Pântano. Fui uma trilha excelente, apesar de na volta ao morro do Pântano do Sul não termos um encontrado uma trilha para descer direto na prai do Pantano, voltando pelo alto dos morros a trilha principla Lagoinha-Pântano.Imagens e momentos inesquecíveis como o encontro de uamcasebre escondido no mato no meio da trilha da costa do Pântano. Pelo tempo e terreno percorrido imagunamos um trajeto total em torno de 20 Km com muitos morros, costões, mata e praia. Gérson Schmitt (50)

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